Andando
na rua só mais um em entremeio de uma multidão.
Rostos
desconhecidos, vidas sem nexo,
Um
complexo emaranhado de indivíduos individuais.
O
coletivo pessoal de tantos que passeiam na Av. Rio Branco no Centro.
Seguem
seus destinos sem saber de ninguém de nenhum.
Ali
não há amparo de qualquer mão amiga que se alia,
Parece
que somos uma abstração, alguns esbarram
Como
não existíssemos ou desimportantes fossemos.
E dois corpos pudessem estar no mesmo lugar
Contrariando
a física. A lógica, a cortesia, o bom senso.
Até
que em meio a toda essa mixórdia, balburdia,
Um
sorriso se distingue em meio à indiferença. Um rosto um gesto e gestual.
E
eis que um certo alguém se destaca, é um bem no deserto de todos.
O
abraço sela ao vê-la. Uma aproximação bem-vinda!
Um
casal destoa enfim naquele confim.
Então
é isso: por mais que haja milhões de seres incomunicáveis
Haverá
sempre algum que nos toque, dê seu toque, nos retoque com seu
brilho.
O
amor ou a amizade ou por ser filho ou o que seja, se destaca se
fazendo par.
À
parte de quem nem se importa um ao outro, há um ou mais que sim.
E
isso humaniza o cenário urbano que era sem qualquer consideração.
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