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25 de julho de 2014

NO DIA DO ESCRITOR A HOMENAGEM AOS QUE SE FORAM FICANDO: JOÃO UBALDO DE OLIVEIRA, RUBEM ALVES E ARIANO SUASSUNA




Neste dia 25/07 é dia do escritor e justo neste dia, recente foram ceifados do mundo literário e cultural deste plano de vida, três monstros sagrados, consagrados: os libertários literários João Ubaldo de Oliveira, Rubem Alves e Ariano Suassuna nessa ordem. Ficamos mais pobres de intelectualidade misturada com humanidade. Por conta que os três também eram figuras ímpares como seres humanos e divulgadores da boa escrita e seus meios de propagando idéias e ideais.


De João Ubaldo de Oliveira, um baiano da ilha de Itaparica, universalista em seus escritos,  seja como cronista, contista ou como romancista, pela primeira vez me aproximei de seus escritos através de “Sargento Getúlio” que tinha ares como diz a crítica de Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, ao estar em livraria fiquei curioso, comprei e li com gosto no seu jeito de ver profundo o homem brasileiro. Tempos depois virou filme com Lima Duarte no papel principal, e ele ajudou como roteirista. Os livros expressivos extraordinários  “Viva o povo brasileiro” e “O sorriso do lagarto” o fizeram notável mais ainda ao ponto de chegar como imortal na Academia Brasileira de Letras. Teve muita mais, porém foram esses que destacaram para mim.








Confesso que o mineiro Rubem Alves era o menos próximo do que já li e sei a mais. Vejo que era acima de tudo educador. Porém é relevante sua obra literária, mais voltada a temas religiosos em forma de teologia, existenciais e claro dentro de sua seara área educacional. E ainda por cima em livros infantis. Suas frases pelo que andei lendo são um alto ego que cabe a muitos de nós, é quando o pensamento próprio vai além de si.










Ariano Suassuna, o nascido paraibano radicado em terras pernambucanas, foi de todos aqui homenageados, o mais marcante pra mim: desde sempre o jeito meio cordel meio fábula de “Auto da Compadecida” me fez sempre sorrir com as agruras de Chicó com o seu “só sei que foi assim” em suas histórias fabulosas e o frágil mas esperto amarelo João Grilo precisando no além da morte, da condescendência de Nossa Senhora no tribunal  celeste destarte o maligno que o queriam punir além de outros que se forma na trama: o cangaceiro, o padeiro e sua esposa, o Bispo e o Padre local, todos ditos pecadores, eles eram um “quê” do popular homem do interior nordestino que luta na adversidade e não perde a graça. Li a obra em forma literária, a vi teatral, pois ele era também dramaturgo de mão cheia ( como foi na peça " O santo e a porca" ), e em forma de livro que li e reli, e em seriado e filme de sucesso.


Só que a primeira vez que me chamou atenção por Ariano foi com “A pedra do Reino’ num tema que ele tanto gostava: o sertanejo caboclo do nordeste, em meio ao misticismo de ditos profetas populares, feito o Antonio Conselheiro, este seu baseado em outro personagem que existiu de fato no sertão nordestino. Sempre foi alguém ligado ao popular regional que se faz universal. Esteve a frente de projetos como o Movimento Armorial, que levava a cultura popular regional de forma mais erudita e levada em projetos culturais. E foi além de tudo um ensaísta e seus pensamentos humanistas são freqüentemente divulgados.


Não importa que agora eles não estão nesta vida, se foram: suas obras ficaram vivas em legado, e a lembrança de homens cultos sim, escritores maiores, mas acima de tudo sábios, serenos e de fina estampa da grandeza humana....


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