Só que morando em Zona Oeste, as praias utilizadas para esse sentido – se banhar, bronzear – eram as perto de nós, Barra da Tijuca, Recreio, Prainha, Grumari, Barra de Guaratiba e até Sepetiba que sempre foi na parte na chamada Dona Luiza.
Copacabana apesar de suas garotas lindas de
biquíni, seu charme de orla, com seus calçadões, sua areia fina e ondas boas,
até fui algumas vezes, só que mais a passeio a andar por lá ou mais referencial
cultural que praiano propriamente dito. Não que não apreciasse nesse ponto,
talvez pela relativa distância de locomoção. Muitos vão de ônibus e os mais
pobres são mal vistos em aglomeração.
Só que Copa sempre foi uma festa aos olhos
em áureos tempos, hoje tem população envelhecida, muitos idosos residem lá. E o pior que há muita prostituição e
marginalidade rondando, mas menos que apregoam e como é bom estar lá a noite,
até as bancas de jornal, ficam abertas e todo tipo de bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques, fora a night de lá com boates e musicas ao vivo.
Gostando de cinema de boa qualidade e
alguns Cult cerebrais, só restava ir até lá nos cines Ricamar, Roxy, Jóia, etc.
Era tão cinéfilo, que deixava carro no Méier ia de ônibus por conta de
dificuldade de estacionar lá, mas houve diversas ocasiões que fui diretamente,
parando na periferia do bairro. E como ia lá, quando houve festival de cinema
com filmes até de países como Cuba, Argentina, Irã, lá ia eu bater ponto na
Copa dos cinemas de rua que a maioria hoje já não existe. Nesta foto recente fui no Roxy ver "Getúlio" filme sobre o histórico importante presidente brasileiro.
Outro ponto forte lá era teatro: E como adorei
de paixão ver “Aurora da minha vida”, no
teatro de Arena cujo palco é no centro do público com o público que fica ao redor como era no teatro antigo da Grécia e Marília Pêra no Teatro Villa Lobos da Av. Princesa Isabel encarnando encenando “ Adorável Júlia”.
Era bom esse contato para não ficar estigmatizado como alguém ignorante com os
limites suburbanos de não ter uma cena cultural a mais.
Agora não tive um convívio com seus
moradores. A não ser informalmente. No entanto sei de diversas pessoas que no
subúrbio moravam e pra lá se foram, Copa virou uma espécie de ascensão social
econômica possível em ditos "apertamentos", imóveis apertados e com muitas vagas um mini mundo de gente moradoras condôminas, o que fez muitos dos abastados se afastaram de lá, indo pra
Barra ou os vizinhos Leblon e Ipanema, vejam só. A classe média é o que mais
tem hoje em dia.
Porém na Av. Atlântica há os endinheirados
que não largam de lá, com seu bom padrão de vida. Com vista privilégiada de tão belo cenário para a praia, com
valor de mercado imobiliário de seus bons apartamentos caríssimos, não vejo porque saíram necessariamente, sem razão maior, a não ser esnobismo do bairro a ter se desnivelado na estratificação social decaído
um pouco só.
Nos fins de ano então, bastam ir a sacada de
edifício e ver o réveillon um dos mais
bonitos deslumbrantes que há nesse mundo feito com esmero e efeito na orla. Fui duas vezes anos 90 no tempo que era a cascata de fogos do Meridien, agora ando dando tempo pra
multidões em muvuca que virou de tanta gente que vai pra lá. Ainda continua um espetáculo deslumbrante diga-se de passagem.
E como foi bom estar no forte Copacabana,
fortificação histórica, estive em show de danças com Carlinhos de Jesus, o mais
importante foi entanto conhecer a parte de memória do país colonial que em mais
um ponto de defesa do rio contra os ataques franceses, espanhóis ou o que viesse e hoje é essa construção que vale a pena conhecer.
Tanto depois, acompanhando filho o levando
em evento nas Laranjeiras de animes, andei por esse bairro em dia atípico,
nublado e meio frio, lá que quase sempre é arejado, mas ensolarado. Fui ver o Posto 6 e o Arpoador tão decantado...
Neste dia nublado as únicas "garotas de Copacabana" eram de areias. Lá se faz muitas dessas imagens esculpidas por artesões praianos. Essa com as mulheres de debruçadas para o mar são uma graça que quis registrar! rs
E vi as estátuas tão faladas badaladas de Drummond de Andrade e Dorival Caymmi, e até uma inusitada imagem de santa Sara
Kalhil venerada pelo povo cigano que até pouco desconhecia e vi
em parque acolhedor num parque que desconhecia Garota de Ipanema pero do posto 6 e do Arpoador.
E falando em imagem, teria sido uma imagem de Santa Nossa Senhora de Copacabana, do lago Titicaca no Peru com correlação do povo Inca, cuja réplica trazida ao local que originou o nome Copacabana. Porém Sacopenapã era o nome original do local. Sabiam dessa?
Revi
de frente, o hotel Copacabana Palace, o mais famoso, o tão consagrado mundialmente que já
hospedou celebridades e chefes de Estado. Há outros Hotéis de luxo e medianos gabaritados de lá, que recebem os estrangeiros e visitantes de outros Estados com conforto e profissionalismo.
Quando há shows de música popular para o povo tá lá Copacabana pra ser o local escolhido- já vi um com Milton Nascimento, com Caetano Veloso e um de aniversário de rádio FM com cantores diversos. Ou de eventos como foi na visita do argentino Papa Francisco na Jornada Internacional da Juventude 2013 ( Cristã ). E agora a Fan Fest Fifa 2014, com pessoas de todas nacionalidades pra ver e torcer nos jogos da Copa do Mundo 2014 no Brasil - e a torcida pelo Brasil lá é bem mais fervorosa!
Na foto abaixo registrei um momento como que clima de preparação
pra Copa no verde-e-amarelo!
O bairro tem suas graças de andar beira-mar
ou pelos calçadões e agora com pistas para bicicleta, patins e simplesmente de
corrida jogging. Bater bola futebol de praia e futivolei e vôlei de praia e bom lugar pra exercitar e andar
como forma aeróbica.
Um lugar aprazível apesar de tanta gente
contrariamente dizerem ser perigoso – depende.
Copacabana faz mais um aniversário – 122 anos.
A dita princesinha do mar ainda dá pra amar.
Copacabana inicialmente como é hoje nasceu
em 6/07/1892.
Foi com a abertura do túnel Alaôr Prata ( Túnel
velho ).
Ainda que não seja como antes, é lugar bom
pra se estar. Não sei viver.
Continuo gostando de seu jeito de balneário
com seus calçadões desenhados em pedras portuguesas.
Assim é a Copacabana que ainda me encanta!
Abaixo duas canções consagradas de Copacabana a princesinha do mar...
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