O mito que perdura nos séculos até hoje no
moderno é do coração. O coração do romantismo e sentimentalismo, e em algumas
vezes do que sonha e seduz um ser que sente. Intrigante.
Um dia um entrevistado no programa do Jô Soares, perguntou quantas vezes o cérebro é
citado na Bíblia. Resultado: zero! Coração: Muitas e muitas citações.
Como o coração bate acelerado, se
constringe na dor ou no amor, sempre houve essa fantasia que ele por si só pensa,
sente, age, reage. Apenas que é só um comando das conexões cerebrais.
O coração é só reflexo da cabeça – então
saímos do mito do coração que pensa e sente por si só em si mesmo. Sei que
contrariarei a visão mítica simbólica do coração que comanda.
Um frio calculista, apenas racional. O
coração, sentimental, emocional, ganha vida própria dentro das pessoas de forma
irreal, mas como fosse fato, exato. E no cérebro que há conexões dos fluxos emocionais.
Chegam ao ponto de contrapor nisso, até uma escritora esclarecida como Martha Medeiros escreveu que coração é sentimento em emoção, cabeça fria razão – como se fossem díspares a mente fria com o coração bom. Coração vira alado, coração que chora, que se magoa, se alegra.
Chegam ao ponto de contrapor nisso, até uma escritora esclarecida como Martha Medeiros escreveu que coração é sentimento em emoção, cabeça fria razão – como se fossem díspares a mente fria com o coração bom. Coração vira
Já pensei que esse tal coração seria a
alma, até que vi mensagens dizendo “De coração e alma” – ou seja, não são.
Então que coração é esse que sobrevive no inconsciente coletivo?
Coração um músculo que bombeia sangue. Não
é esse coração que falam tanto? É sim. Tanto que batem no peito pra dizer que é
só lá que está o que queremos, sentimos, sofremos.
Não quero aqui acabar com essa talvez
significância do coração. Dirão que não sou romântico e sentimental como
apregoo. Só não consigo entrar na fantasia extrema do coração.
Do tal: você mora no meu coração. Como
assim, se é nos nossos pensamentos que a pessoa está, pensem bem. Uns dizem:
ele é ruim, não tem coração. Não tem e como sobrevive?
Coração faz
parte de um conjunto: com a mente e a
alma. Essa a possível realidade. Não cabe a mim dizer que tem que ser assim.
Continuarão sim dizer que um clube é do coração. São amigos de coração.
Que uma pessoa conquistou seu coração, que
vive nele, é dono dele. Que o que coração deve ser perguntado se ama e o que se
quer, o que fazer. Ele vira onipresente e onipotente.
E que se dá o coração a alguém quando se
ama. Ou vira um só coração – como é isso, viram siameses? Um coração único ou
um coração que sai de si...
Há coração, dizem, que guarda amor ou ódio, como fosse emocional, uma parte a parte do ser humano racional. Ele que fala o que fazer de seus sentimentos - e diz como?
O fato: sente? Nele se ressente; de fato o
coração acusa: pessoa emocionada o acelera. Entristecida, o constringe, aperta.
Muitas vezes de tal forma assim, que dói de fato, algo mais pro psicossomático. O mais disso, é fantasia.
Não quero ser um estraga prazeres: não
quero a quebra da alegoria simbólica do ser cordial que é o que vem do coração - que ele
deixe de ser poetizado, musicalizado, desenhado, exaltado, aludido, idealizado.
Apenas me preocupo com esse demérito a alma
e mente na razão. No que a gente sente e faz é tudo guiado pelo coração? Quem
quiser achar que ache. Continuo achando que nem tanto...
Ou não?
Pergunto ao coração?
CORAÇÃO PIRATA...
Algumas canções que mais que nunca fazendo real
esse mítico coração...
A duas primeiras, diga-se, gosto muito!
O Roupa Nova os reis do coração:
- em cada canção indefectível presente o coração!
A duas primeiras, diga-se, gosto muito!
O Roupa Nova os reis do coração:
- em cada canção indefectível presente o coração!
CORAÇÃO ALADO...
CORAÇÃO BOBO...
AGUENTA CORAÇÃO...
CORAÇÃO PIRATA...
Nenhum comentário:
Postar um comentário