Saudosismo mesmo é do Mengão campeão com Zico em
ação - eu testemunhei a primeira vez que explodiu o maraca em 1974 - véspera da
Copa, em amistoso com o Benfica, de Portugal, driblou meio time adversário e
fez golaço - a galera: - É SELEÇÃO! É SELEÇÃO! Mas Zagalo o preteriu, craque
iniciante, assim como Dirceu Lopes do Cruzeiro - e ai se viu o vexame da
seleção fraquinha, não foi eliminada na primeira fase porque o goleiro do Zaire frangou quase no fim! Abaixo foto de Zico levando o Fla ganhar até da seleção brasileira no Maracanã: afinal naqueles tempos era uma sele-fla, Zico & Cia juntamente com gente boa como Júnior, Leandro, Andrade, Tita, Lico e tantos outros que nem sempre foram meros coadjuvantes do astro!
Jamais me
perdoei por não tê-lo visto nas decisões contra o Galo Atlético-MG a primeira
em 1980, Grêmio em 1982 e Santos em 1983. Nem na Libertadores conquistada. Só
vi um jogo de campanha contra o Palmeiras, e que a torcida irritada até
questionava todos, até ele, quando em jogada magistral deu passe do Gol. Quem
não podia reverenciar quem resolvia ao final? Foi empate ao final, mas Zico
mostrou sua categoria, mostrando que tinha cheiro de gol como se dizia, mas era
completo: batia com os dois pés, lançava, driblava, cabeceava, matava a bola
com categoria desde os tempos junto com o inesquecível Geraldo que morreu
precocemente e cujas tabelinhas triangulares com o gringo argentino Doval são memoráveis. Era um camisa
10 total. Cracaçoaçoaço! - como poderia bradar Jorge Curi, célebre locutor da rádio Globo, rubro-nego inveterado.
Umas das
maiores injustiças nem foi ter perdido o título pela seleção inesquecível de
1982. Foi ter ido pra Copa de 1986 mal fisicamente por conta de contusões
sérias e ele que fez a jogada genial que redundou no pênalti que ele veio a
perder por estar frio na partida. Mas esquecem que na cobrança de 5 pela vaga contra
a França ele fez o dele, quem perdeu foi Julio Cesar zagueiro e o Dr. Sócrates.
Por que impingir a ele a derrota? Não foi de uma geração perdedora. No Fla
ganhou de tudo. A seleção fez seu espetáculo e ele seu artífice da bola. E sua
glória maior a taça do mundial inter-clubes contra o Liverpool da Inglaterra –
uma honra que só ele no Fla, em time carioca, tem em seu panteão de conquistas
importantes.
Zico reinou absoluto naquela palco e gramado do Maracanã - jornadas inesquecíveis, uma dela, eu e pai fomos ver final de 1978 do Carioca contra o Vasco, 41 do segundo tempo, Zico bateu córner, Rondinelli Deus da raça em goooollllll, de cabeça, título, maraca tremeu literalmente! Depois títulos nacionais em 1980, 1982, 1983 e 1987, uma libertadores e mundial em 1981, tudo com ele e outros bambambãs do time em campo - e aí que se gritava que era o rei do Rio! Valeu Galinho de Quintino pelos momentos de glórias - que podem voltar ou não - mas que tendo sido testemunha ocular ou de torcida na época, só posso tirar o chapéu para vossa majestade rubro-negra!
E agora Arthur Antunes Coimbra, o Zico, foi justamente homenageado com essa estátua -merecida, monumento vivo de jogador extraordinário, cracaço e pessoa do bem, jamais entrou em polêmicas como certos jogadores badalados do Mengo.
Abaixo duas canções pro Zicão!
Acrescentando neste dia 03/03/2014,
mais um aniversário e
com o samba-enredo da Imperatriz
- licença Mocidade de Padre Miguel -
em homenagem ao Rei Arthur Zico!
Nenhum comentário:
Postar um comentário