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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!
Fui na exposição de
Frida Kahlo no Centro Cultural da Caixa Econômico no centro do Rio de Janeiro.
Quis ver as peculariedades artísticas desta mulher mexicana, com sangue alemão
e mestiço de indios e espanhóis e que oriunda da familiar casa azul, que virou
museu com nome dela, foi aos poucos se transformando celébre e que neste dia
internacional da mulher venho homenagear, até por que vi inloco sua arte
nascida ao que parece da dor e que se
fez da decisão de purgar em forma artística. Anos 40 em diante.
Como assim¿ Além da poliomelite que teve em infância, um desastre
gravíssimo, a perfurou com barra de ferro quando voltava junto de noivo na
época do ocorrido. Presa a uma cama, sua mãe a pôs a pintar. Ela começou então
o que iria seu metier maior. Ainda teve grangrena e perdeu uma perna! “E a
sensação nunca mais me deixou, de que meu corpo carrega em si todas as chagas
do mundo.”. Não se entregou porém ali como se pode com sua vida agitada e
badalada. E a arte que não se fez de nada óbice...
Arte que se expandiu ao conhecer
o muralista Diego Rivera, que a fez mais conhecida internacional e que foi casada duas vezes, ao que parece
entre tapas e beijos, traições e ligações. Entre homens e mulheres, sendo ela
bissexual só que mais amou o seu amado Rivera de forma intensa e às vezes
intempestuosa. Em mais de uma vez abortou de filhos dele e isso trouxe uma grande
frustração. Ao que ela disse: “Pintar completou minha vida. Perdi três filhos e
uma série de outras coisas que teriam preenchido minha vida pavorosa”.
Na exposição há pinturas que
retratavam a maternidade que não lhe foi possível. E que foi uma grande simpatizante do comunismo, algo
comum no inicio do século XX, ainda mais com envolvimento íntimo com o
revolucioário russo Leon Trostki, tema aliás de um filme que vi no passado.
Porém não acho sua arte vinculada a esse esquerdismo de moda. Foi sim mais nacionalista
do México, que retratava suas raízes com cores coloridas folcóricas.
Foi designada de
surrealista, até por influência dessa escola na época e pelas fotos podemos ver
nítido essa influência. Só que o que mais notamos eu e filhão Eduardo Augusto,
foi ver que adorava um auto retrato. Declarou: “Pinto a mim mesma porque sou
sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”. Há diversos na exposição. O
chamado pra exposição que foi tão precursora que foi a pioneira de selfies,
tamanha compulsão por se auto retratar, só que de forma de pintura plástica.
Não estou aqui fazendo
qualquer análise pictória de sua obra, de sua arte, nem fazendo um apanhado
histórico da vida dela. Quem quiser que pesquise na internet ou em livros. Ou
quem sabe veja o filme baseado na vida dela e seu companheiro Rivera. Quem sabe
o veja breve. É só um registro de uma ótima percepção que tive ao vê-la na
referida exposição. Tendo visto de Di Cavalcante, mas perdido de Pablo Picasso,
não queria jamais ter perdido essa chance de ver quem só ouvia falar.
Uma mulher a frente de
seu tempo, ousada apesar de suas limitações físicas de doenças e acidentes,
criou sua fama com seu talento e sua vida conturbada e rica de nuances
existenciais. Mulher marcante, gostem ou não dela, não se negue sua arte, que
apesar de não ser a mais badalada dos críticos, é sim exuberante, atuante, pioneira
num tempo que mulher era bem mais submissa ou subemergente. Vanguardista na
luta de direitos pessoais e artísticos,
como mulher e como artista.
Pena que parece que
sucumbiu ao fim num possível suicidio as duas dores físicas e de alma e não de
doença que se fez oficialmente, dando a entender na frase “Espero a partida com alegria...e espero nunca
mais voltar...Frida.”. Ela que foi tão forte ao enfrentar e se defrontar com
dificuldades tantas. Era humana porém por mais fosse a frente de seu tempo. E
agora destarte diante de nós sua nobre arte, que é o que mais importa. Vale a
visita antes que se vá. Assistam, nos enriquece a nossa memória cultural
plástica.
Neste dia internacional
da mulherum exemplar excepcional do gênero: FRIDA KHALO em letras garrafais!
Algumas fotos da ida ao CCCEF - Certamente o acervo dela é maior que aquele exposto e não registrei toda obra que lá está no Centro Cultural...
Exposição arte de Frida Kahlo no Centro Cultural da Caixa econômica
Federal centro RJ. Bom poder ver essa célebre artista mexicana junto com filhão
Edu. só não sei onde estavam as nacionalistas mexicanas. Teriam ficado na casa azul de sua família que virou museu Frida Khalo na Cidade do México, cuja foto está abaixo...
Eis que contemplamos a arte de Frida Kahlo em auto retrato com ar
naturalista rodeada dos macaquinhos
Olha Frida Kahlo em pleno processo criativo de um de seus auto retratos
pintado ao lado do seu amado Rivera. Foto histórica e dá pra notar que ela se
auto define plasticamente com sua imaginação criativa.
E olha eu aí em frente do produto artístico concretizado da foto
anterior. Colocando os óculos só pra dar um verniz intelectual como fosse um
entendedor das artes plásticas! rs
Edu diante de mais um auto retrato da Frida Kahlo - por isso tanto falam
que ela foi uma espécie de pioneira do selfie só que forma artística! rs
Achei esse quadro pintura o mais surrealista de Frida Kahlo da exposição
Esse o segundo mais surreal. Mais contido em suas tonalidades mas bem pictórico
E outras obras que me pareceram de vertente surrealistas
Sempre explicitou a imagem das mulheres em sua arte
Compensou a falta da maternidade em obras como estas de mãe e filhos
Algumas obras que vão além de quadros, meio esculturais...
Registros em fotos dela, de seu cotidiano social, na arte e de seu casamento.
E uma mostra inusitada de roupas que usava, claramente de
inspiração mexicana com certo ar espanhol castelhano...